morro
mas nem todo dia morro por completo
as vezes e sempre
morro ante esses versos

escrevo
sempre em terrível agonia
o coração que dispara no peito
arritimia

sofro
sofro da morte que escrevo
escancarada em meu semblante
alto-relevo

e vivo
dos versos que sempre me matam
dando vida aos poucos
que meus pobres versos acatam

e como sempre
há muito me desespero
pois morro todos os dias
é sempre o final que espero
mesmo que não seja por completo

pra ver se no fim
concluo o dilema
mas aumento muito ainda
o mesmo problema

esses versos que terminam
mas não findam jamais
a morte que é vida e me traga
me enchendo de vácuo, mais e mais


One Comment

Anita dos Anjos disse...

Oi, sei que sumi e vc também sumiu!!!!! Sumidos!!!!
Saudades! Linda poesia, eu adoro tudo que vc escreve, sempre me identifico e me emociono, sou sua fã!
Acho que minhas poesias não têm tanta vida, sei lá! Mas as suas são e estão cheias de vida e sentimento! Parabéns!
Eu comecei um Conto, queria muito sua opinião, já estou na segunda parte, que tal se me visitar e dizer sinceramente o que achou! Saudades do teu cantinho, andei meio perdida e sem tempo de visitar todos os amigos blogueiros, sorry!
Beijinhos, bye
Anita do diarios-do-anjo.blogspot.com