Se for pra ficar
Que seja por completo
Pois difícil é viver fragmentado
Sobre o mesmo teto
Se for pra ficar
Que seja por inteiro
Pois muitos já não querem andar
Nesse caminho estreito
Pior é ficar indo
Pior do que ir ficando
Melhor era nunca ter visto
Do que tendo visto ir se cegando
Pois veio pra quem não via
E pra quem via, ver e não ver
Pois vendo a imagem que viam, não viam
Aquele que vendo vê, todo ser
Com Ele é melhor morrer de fome
Desse pão de farinha-água-sal
Do que dizer Trabalhar com Ele
Por esse pão alimento carnal
Pois veio e ainda vem todo dia
Pra ‘queles que o comem,
E não trabalham por esse pão visual
Pois veio saciar de vez definitiva com O Pão que é Vida-palavra
E é alimento espiritual.
...e Thiago completou:
E o pão carne viva que comemos,
adentra o corpo sereno,
e como nada sabemos
somos renovados por inteiro.
E o vinho sangue vivo que bebemos,
nos trasborda por inteiro.
E desse corpo feito somos,
parte do Reino sereno.
Thiago Mendes
Home » outubro 2008
O céu escureceu
A água escoou
O fogo apagou
O cenário apareceu
Tão logo a fumaça abaixou
O cinza se mostrou
E o esquilo correndo
Para onde não sabia
Reflexo da vida que ia
A enchorrada descendo
Trazendo a cinza e o carvão
E um pedaço do meu coração
O que farei pra recuperar
A beleza do meu horizonte
O verde Musgo do Monte?
Mas nas semanas que sucederam
A primeira flor se abriu
E o céu radiante sorriu
E a paisagem que gosto tanto
Voltara a ser o que era
No fim da cidade essa Serra
Lembrança fraterna
Do paraiso que eu sei que me espera
A água escoou
O fogo apagou
O cenário apareceu
Tão logo a fumaça abaixou
O cinza se mostrou
E o esquilo correndo
Para onde não sabia
Reflexo da vida que ia
A enchorrada descendo
Trazendo a cinza e o carvão
E um pedaço do meu coração
O que farei pra recuperar
A beleza do meu horizonte
O verde Musgo do Monte?
Mas nas semanas que sucederam
A primeira flor se abriu
E o céu radiante sorriu
E a paisagem que gosto tanto
Voltara a ser o que era
No fim da cidade essa Serra
Lembrança fraterna
Do paraiso que eu sei que me espera
Rasga a camisa
e veste o Verbo
e descobre no seu verso
o sentido da charada
E no verso incongruente
dessa massa misturada
Essa massa inconsistente
só formada por palavras
Se descobre ao mesmo tempo
quase-tudo e quase-nada
E o sentido da charada
nesses versos do inverso
Resplandece transparente
desafiando nossa mente
Pois o olhar já acostumado
a procurar o mais difícil
não se sabe condicionado
nem se sente preparado
a apenas ver a sua frente
O sentido da charada
que se mostra transparente
Rasga pois agora o peito
E se vista da palavra, quem sabe assim ainda entenda
O sentido da charada
Veste a palavra
Nua e Crua
Se cubra Dela até os pés
Veste sim essa Palavra
que não tem medo e nem vergonha
de ti mostrar quem és
Rasga a camisa da aparência
e veste o verbo transparente
Que o sentido da charada já se mostra no nascente
da manhã que vem surgindo
renovando nossa mente
que faz os olhos enxergarem
o que sempre esteve a sua frente
o sentido da charada
que no verso do inverso
nos revela o universo
que nada mais é que o Verbo
nada mais que a Palavra
e veste o Verbo
e descobre no seu verso
o sentido da charada
E no verso incongruente
dessa massa misturada
Essa massa inconsistente
só formada por palavras
Se descobre ao mesmo tempo
quase-tudo e quase-nada
E o sentido da charada
nesses versos do inverso
Resplandece transparente
desafiando nossa mente
Pois o olhar já acostumado
a procurar o mais difícil
não se sabe condicionado
nem se sente preparado
a apenas ver a sua frente
O sentido da charada
que se mostra transparente
Rasga pois agora o peito
E se vista da palavra, quem sabe assim ainda entenda
O sentido da charada
Veste a palavra
Nua e Crua
Se cubra Dela até os pés
Veste sim essa Palavra
que não tem medo e nem vergonha
de ti mostrar quem és
Rasga a camisa da aparência
e veste o verbo transparente
Que o sentido da charada já se mostra no nascente
da manhã que vem surgindo
renovando nossa mente
que faz os olhos enxergarem
o que sempre esteve a sua frente
o sentido da charada
que no verso do inverso
nos revela o universo
que nada mais é que o Verbo
nada mais que a Palavra