A vida passa em um segundo
Um segundo tão extenso...
Que te amo e te largo
—te pertenço—

E passando vai em um milênio
Janeiro... ...Dezembro
Quanto tempo?!
Não me lembro

Corre! Espera!
Vai e volta,
E agora...
...O que importa?

Te lembro, me esqueço

E a cada tempo que passa
Passam mil histórias
Que duram apenas um segundo
---Tão extenso---
E não importa mais o que penso
Se um, dois ou três milênios
Se voltasse ou passasse mais um segundo
---extenso?---
Te esqueço, te pertenço



Nas sombras espúrias
Da minha memória
Onde jazem pensamentos esquecidos
Ali, sempre guardei seu nome esculpido

Naqueles escuros
Onde brilham apena espaças luzes
Vi a vida inteira, sem conseguir entender
Seu nome a se esconder

Ó luzes que brilham jamais
Porque não me ajudam a ver
O nome da minha amada
Que teima em se esconder

E nesses caminhos tenebrosos
Enquanto vagava a sua procura
Nos labirintos de sombras dentro de mim
Com outros nomes me iludi

E na ânsia de te achar, me perdi

E na noite que pairava ali esculpida
Eu estava cansado, por tantos nomes que me passaram na vida
E no mais impossível dessa situação inesperada
Ali estavam seus olhos -verdes- iluminando essa estrada
E pude ver nesse momento o nome que tanto procurava
Nas sombras de minhas memórias
Onde jazem segredos e vestígios dessa historia
Onde todo dia a mente, monta e remonta essa nossa vitoria



Já faz dias
que somente o corpo dorme
E a alma de insônia
em algum lugar se inflama

Aqui Fora os olhos brilham
e em algum lugar são só olheiras
Não sei se vaga aqui por fora
Não sei se olha rápido ou demora

Já faz tempo que não se aquieta
Ai que saudade do tempo que eras como criança
agora entre gritos e dança
faz de tudo aqui dentro lambança

E meu rosto não é mais espelho
Pois brilha e encena felicidade
Agora é máscara e maquiagem
e tudo que era importante agora é bobagem

Ai alma! Ai alma de bobagens!
Porque não se aquieta dentro em mim?
Ai alma! Ai corpo! Onde anda sua coragem?
Começa a desfalecer depois de tanta viagem - viagens -
Começa a se render à alma, jogou fora a maquiagem
esqueceu na estação a bagagem, anda tomando sereno e friagem
Agora também adoeceu, desfaleceu, quase faleceu
E na rua entre vagas vagando, tropas e atropelamentos... se encontrou!
É, entre pobres e mendigos se encontrou!
Corpo a alma se ajuntou
E por aqui numa calçada remontou o que sempre fui - quem sou