sentado em um tribunal
réu
sou juiz
júri
inquisidor meu
me advogo
rogo
sou a platéia a delirar
as vezes choro
as vezes rio
vou perdido em alto-mar
vejo a sentença
peço clemência
em indecência
protesto
e meu martelo
como todo o resto
me condena a esperar
me sentencio a liberdade
de ser só eu
e nada mais