Sim cantarei
cantarei a fadiga de viver
louvores aos limites da vida
as tão cansáveis obrigações
aos sonhos impostos
a vã correria que nos submetemos

Júbilos estrondosos
às casa, aos carros
e aos empregos
às lindas mulheres
que temos que conquistar
e a todas as coisas de marca
sem as quais não somos

Às nossa faculdades
cursos e viagens
ao nosso gosto musical apurado
computadores, celulares
a nossa imensa lista de amigos
ao nosso bairro

E então rouco e exausto
suspirarei pela inutilidade do meu canto
e pela nossa infeliz felicidade
por ter ganhado o mundo
e perdido a alma