A dor é sempre única
Ninguém as sabe nem saberá
Ninguém pode dizer que sabe a de outrém
Ninguém, sim, ninguém

Me perdoem a intromissão as vezes passional
Me perdoem o veredicto sempre irracional

Ninguém pode dizer que já as viveu
Que já as passou
É única sempre a solidão, é único o sofrimento
É único o lamento

Não me levem por consideração as vezes que intervi
Não levem em conta o que não vivi

O amor tambem é sempre único
Não me creiam se dizer que o sei
É tão único quanto a dor
Não me ouçam quando digo sobre amor

Me absolvam por dizer por vezes que o sei
Não me condenem pelas torpes palavras que falei

Amigos
A vocês dedico esse tributo como apelação
Como mera e singela petição
Que denuncia meus erros e implora seu perdão

Que me ouçam daqui pra frente
Tão e somente em minhas proprias lamentações
Pois pobre que sou
Quem conheceu ou conhecerá os corações?

Que me consolem com seu choro irmão
Ou com silêncio reverente
Que me poupem das palavras
Que me poupem o coração
Caminhem comigo
Dadas as mãos
Que olhares falem mais
Que suspiros digam tudo
E que em meus delirios se façam mudos

É minha súplica
E que para ela não haja aqui e nem em nenhum lugar réplicas