É o que ouço pela manhã
é o que ouço pela madrugada
que sou um louco, infantil
Não sabendo todos que pra quem ama
isso é igual a nada

Queria escrever versos mais densos
com sentenças mais rebuscadas
mas agora me foge o raciocínio
minha mente em trevas condenada

Meu corpo, morto
de fome e tristeza, já não come
e o que me dava aspecto de beleza para encenar
a tristeza consome

Minha boca tem gosto de sangue
e de sangue tem sido meu choro
já se apega minha língua em minha boca
como meus ossos em meu couro

Já me envolve da morte seus vapores
e sua frieza em calafrios
não me causam horror e temores
ao invés disso, rega meu paladar
com seus terríveis, mas tão doces sabores
que já não sinto o amargo da vida
só a paz do fim e seus frescores


One Comment

Anita dos Anjos disse...

Seus poemas são maravilhosos, eu adorei! É uma pena que as pessoas não dêem muito valor a poesia! Estarei sempre por aqui prestigiando seus poemas lindos e vou divulgar seu blog no meu! Parabéns pelo blog!
O meu é: www.diarios-do-anjo.blogspot.com