Para todos aqueles que como eu
caminham agora
no vale da sombra da morte
e tem como horizonte
a terrível imagem
deste
o último inimigo a ser vencido
Além do mais
não há imagem alguma
apenas a incerteza
Não se sabe, a todo instante
o que se espera no próximo passo
Pedras? Abismos?
Não se vê nada
e de concreto nos resta
apenas a dúvida
Por insensatez talvez
não posso saber
continuo a caminhar
porque Tu estás também aqui
não vejo, não posso saber
mas não temo
Logo, talvez, esse vale
se torne em campo
e eu descubra
que entre vale e campo
não há diferença alguma
somente e apenas
meu modo de ver
porque Tu sempre estás...
mas agora, neste instante
não vejo
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